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O que é ESG e porque é importante para as empresas

03/11/2023

Estas três letrinhas, E, S e G, que compõe um acrônimo – ESG, têm mais a ver com economia e lucro do que você imagina. Tratam-se de boas práticas que vão dar ao seu dinheiro uma missão. Quer saber mais sobre a grande tendência do momento e entender tudo sobre as boas práticas de ES­G? É só continuar a leitura deste artigo.

Já ficou claro que no universo empresarial, produtos e serviços que investem em estratégias sustentáveis e com impactos positivos para a sociedade e o meio ambiente tendem a ser mais escolhidos e lembrados pelos consumidores. Também os investidores estão preferindo fazer investimentos em empresas fortemente comprometidas com a sustentabilidade e os impactos sociais. Dessa forma, a preocupação com os critérios ESG nunca foi tão importante. Mas afinal, o que significa ESG?

 

Desvendando a sigla

A sigla ESG vem do inglês e significa Environmental, Social and Corporate Governance. Estes três indicadores, a saber: ambiente, social e governança empresarial -, sintetizam boas práticas de conduta e possibilitam verificar se a a empresa é saudável e lucrativa financeiramente ao mesmo tempo em que é consciente a nível ambiental.

A adoção de critérios ESG tem sido essencial para a definição de investimentos. São vários fatores que apontam isso, como as constantes mudanças culturais, comportamentais e econômicas, que transformam as relações entre pessoas e empresas, alterando a lógica do mercado.

Por isso, cada vez mais empresas começam a observar atentamente estes critérios e desenvolvem iniciativas sustentáveis duradouras tanto para a sociedade quanto para seus investidores.

 

 

E de ESG (ou Ambiental)

Este pilar diz respeito ao comportamento da empresa com relação aos problemas ambientais como mudanças climáticas, emissão de gases tóxicos, poluição, desperdício e extração de matérias-primas, ou seja, do papel das empresas na construção de um futuro sustentável.

Mas é importante ressaltar que a sustentabilidade vai além de boas práticas ambientais. A amplitude do conceito de sustentabilidade pode ser percebida no guia para um futuro sustentável desenvolvido pela ONU. A agenda é composta por 17 diretrizes que enfocam a erradicação da pobreza, a proteção do meio ambiente e a promoção da paz e  daprosperidade entre os povos.

Acima de tudo, o pilar ambiental do ESG orienta empresas e organizações a tornarem-se agentes de transformação positiva e propositivas na solução de problemas globais, de modo a assegurar a existência de próximas gerações.

 

S de ESG (ou Social)

O pilar social indica como a empresa gere o relacionamento com seu público de interesse. Importante ressaltar que o público de interesse de uma empresa não se resume apenas à empregados e potenciais clientes.

Ele abarca todos que trazem algum impacto para a gestão do negócio, como concorrentes, fornecedores e comunidades locais. Assim, as empresas que praticam o lado Social do ESG entendem que é preciso valorizar o ativo mais valioso dos negócios: o capital humano.

O eixo social compreende ações empresariais voltadas para questões de igualdade de gênero e diversidade, saúde mental dos colaboradores, questões trabalhistas, acesso à saúde dos colaboradores, melhorias do ambiente de trabalho e atenção às vulnerabilidades da comunidade próxima da empresa. A relação com fornecedores com avaliação em relação a trabalho infantil, trabalho escravo e atuação em áreas desmatadas também deve ser avaliada.

É importante que a organização entenda que é preciso atuar de forma estratégica para fazer impacto social positivo nos seus públicos de interesse.

 

G de ESG (ou Governança)

O pilar da governança foca na forma como a empresa é administrada pelos diretores e gestores e se as políticas empresariais e de governança estão sendo aplicadas corretamente. Estas práticas incluem relatórios financeiros e contábeis transparentes e estratégia tributária.

O eixo da governança compreende ações empresariais que visem à redução da lacuna salarial entre executivos e trabalhadores, o aumento da diversidade do conselho, a transparência das práticas e resultados de negócios, o combate aos aspectos estruturais de corrupção e o cumprimento de leis e regulamentos.

 

ESG e lucros

 

Você já percebeu que investir nos pilares Ambiental, Social e de Governança é uma ótima maneira de alinhar suas premissas com as do mercado. Mas, isso pode realmente causar algum impacto financeiro?

A resposta é sim!

A adoção de práticas ESG já vêm sendo incorporada à gestão empresarial como estratégia de redução de custos, maior competitividade e eficiência. Hoje, cada vez mais, empresas que apostam na atuação ambiental, social e de governança ganham destaque.

Por exemplo, um investidor pode escolher destinar seus recursos para uma empresa que adote a igualdade racial e de gênero entre seus funcionários ou que esteja trabalhando para reduzir sua emissão de gases. Trata-se de uma validação da empresa, que possui consciência sobre o seu papel enquanto empregadora e agente social.

Em geral, as companhias comprometidas com a causa ESG são empresas que retém os melhores talentos, conquistam mais clientes, geram novas fontes de receita e atraem mais investimentos de longo prazo. Isso deixa claro que a incorporação do ESG nas organizações reafirmam que propósito e lucro são indissociáveis.

 

Por que o ESG vale a pena? 

Após tudo o que explicamos, você ainda tem alguma dúvida se vale a pena investir em uma prática alinhada com os princípios de ESG? Então continue a leitura, pois separamos mais algumas vantagens.

– Reputação da empresa: consumidores e investidores estão cada vez mais interessados em apoiar empresas que trabalhem em prol de gerar um impacto positivo.

– Redução de custos: investir nos pilares ambiental, social e de governança pode ajudar a reduzir os custos, na medida em que as empresas tornam-se mais eficientes e bem administradas.

– Fidelização dos clientes: os clientes são mais suscetíveis a apoiarem empresas que compartilham os mesmos valores.

– Linhas de crédito especiais e investidores: empresas com boa classificação nos princípios ESG são vistas como mais propensas a pagarem suas dívidas e por isso recebem ofertas de linhas de créditos especiais de bancos e investidores.

– Maior competitividade: organizações com alta classificação ESG conseguem atrair e reter os melhores talentos e tornarem-se mais competitivas.

 

 

ESG no Brasil

A utilização de critérios ESG no Brasil não está tão desenvolvida como na Europa e nos Estados Unidos, mas cada vez mais empresas estão alinhadas com esta agenda, já de olho na demanda do mercado por negócios mais responsáveis e sustentáveis.

Cada vez mais, o ESG nas empresas se torna relevante para o mercado financeiro. Por isso, as empresas que queiram prosperar no futuro e não ser excluídas do mercado devem adotar os critérios ESG e promover metas sustentáveis para atender às necessidades e desejos da sociedade e dos consumidores.

Longe de ser uma moda passageira ou um princípio meramente ético, as boas práticas do ESG são um investimento socialmente positivo a ser adotado pelas empresas, visto que no futuro, além de preço e qualidade, o impacto positivo gerado na sociedade influenciará cada vez mais a decisão dos consumidores.

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